A PolÃcia Militar (PM) prendeu na tarde desta segunda-feira (01/09), no Setor Sol Nascente, em Goiânia, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes – o Cadu, 29 anos – e Ricardo Pimenta de Andrade Junior, 33.
Os dois são suspeitos de matar o jovem Mateus Morais Pinheiro, de 21 anos. O crime aconteceu na noite de domingo, no Setor Bueno, quando a dupla levou o carro da vÃtima, que deixava a namorada em casa.
Os dois também são suspeitos de participação da tentativa de latrocÃnio contra o agente prisional Marcos Gomes, ocorrido no último dia 28. Ricardo Pimenta foi reconhecido por uma testemunha como um dos autores do crime contra Marcos. Cadu ficou conhecido como réu confesso pela morte do cartunista Glauco Vilas Boas e o filho dele, Raoni Vilas Boas, ocorridas em março 2010 em Osasco, São Paulo.
Segundo as informações da PM, eles foram perseguidos e presos pelo delegado adjunto da Delegacia de HomicÃdios, Tiago Damaceno. O delegado estava próximo à Santa Casa, no Setor Sol Nascente, quando viu os dois suspeitos em dois carros: um Honda City e um Civic. Ele percebeu que um dos veÃculos estava envolvido no crime ocorrido no domingo à noite e pediu apoio da Guarda Municipal.
Os guardas e o delegado entraram em confronto com os suspeitos. Um deles, Ricardo, resolveu se entregar. Já Carlos Eduardo, conhecido como Cadu, fugiu. Ele foi preso com a provável arma do crime, tentando assaltar uma farmácia.
Réu confesso
Carlos Eduardo confessou ter matado o cartunista Glauco e o filho dele, no dia 12 de março de 2010. O crime aconteceu no sÃtio onde as vÃtimas moravam, em Osasco (SP). Cadu, que frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, invadiu a propriedade e atirou contra as vÃtimas.
No dia do crime, o jovem estaria sob efeito de maconha e haxixe. Mesmo tendo confessado o crime, Cadu não chegou a ser julgado e foi declarado pela justiça como inimputável (não responsável pelos seus crimes) em 2011. A princÃpio, foi levado para um complexo médico penal no Paraná, e depois transferido para Goiânia, onde os pais mora. Na época Cadu foi diagnosticado com quadro de esquizofrenia.
Ele também foi acusado de três tentativas de homicÃdio contra agentes federais, além de roubo, porte de arma com numeração raspada e tortura. Cadu foi novamente preso na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), ao tentar fugir para o Paraguai, mas acabou indo para o Complexo Médico Penal do Paraná.
Posteriormente, ele foi transferido para Goiânia, onde ficou internado em uma clÃnica psiquiátrica. Em agosto de 2013, a Justiça de Goiás decidiu que ele podia receber alta médica com o argumento de que o homem estava apto a passar a fazer tratamento ambulatorial, em vez de ficar internado.
Fonte: O Hoje (com adaptações)